Conservação e Restauração de Obras de Arte e Bens Patrimoniais

Ana Luisa Soukup

Formação:
  • Ilustração para publicidade - Escola Panamericana de Arte

  • Comunicação Social, Publicidade e Propaganda - Faculdades Integradas Alcântara Machado / São Paulo

  • Artes Decorativas - Hampstead School of Decorative Arts / Londres

  • Conservação e Restauro de Bens Patrimoniais - Pontifícia Universidade Católica de São Paulo

  • Materiais Artísiticos - Casa do Restaurador

  • Têmperas - Atelier Omar Grassetti

A lavishly decorated room filled with numerous paintings, sculptures, and artifacts. Several individuals are present, seemingly engaged in an art discussion. A prominently dressed man holds up a painting for others to view. A child in period costume carries another piece of artwork. The walls are adorned with framed artworks, and a table is draped with a cloth, supporting several art pieces. A parrot stands on the floor, adding to the opulent atmosphere.
A lavishly decorated room filled with numerous paintings, sculptures, and artifacts. Several individuals are present, seemingly engaged in an art discussion. A prominently dressed man holds up a painting for others to view. A child in period costume carries another piece of artwork. The walls are adorned with framed artworks, and a table is draped with a cloth, supporting several art pieces. A parrot stands on the floor, adding to the opulent atmosphere.

Conservação e Restauro de Pinturas de Cavalete e Murais

"Arte é uma ideia que pertence a todos, encontrada em qualquer cultura, uma descrição da vida que levamos. Independente da forma física que ela se apresente, não importando o desafio emocional, estético ou psicológico que ela poderá oferecer, ela é vital ao sentido de si própria em todas as culturas. Kit White

O Que é Arte:

A arte estuda o mundo em todas as suas manifestações e nos mostra não apenas o que vemos e o que sabemos como também a consequência dessa visão.

Patrimônio Histórico é o conjunto de todos os bens, materiais ou imateriais, que possuem importância para a história e a identidade de uma sociedade, um povo ou uma nação. São as heranças do passado que nos ajudam a compreender quem somos, de onde viemos e a construir nosso futuro.

Desde a pré-história o homem pensava em como lidar com o seu meio, como construir refúgio, artefatos, objetos utilitários, como registrar suas crenças, suas necessidades de expressão e seus modos de viver. Com o passar do tempo, as transformações humanas e históricas foram ocorrendo e suas produções acompanharam as novas ideias, construções e habilidades. No mundo moderno, impactado por produções industriais surgem interesse pelo antigo. Criam-se maneiras de preservar, conservar, catalogar, colecionar e exibir tais produções para gerações futuras.

O que é Patrimônio?
Remonta à Antiguidade o desejo do homem em preservar o patrimônio cultural. Provavelmente, a sua ambição em preservar outros bens materiais (objetos do cotidiano, de culto/sagrados, de poder, etc...) e até das recordações é inerente à própria condição humana. Embora de modo distinto como hoje se pretende preservar o patrimônio histórico, foram os Romanos quem promeiro tiveram, de uma forma generalizada, a ideia de (preservar) os testemunhos e a arte da civilização grega. Também o cristianismo teve um papel importante na forma de preservar e manter a funcionalidade dos espaços religiosos e sagrados do período romano. Mais tarde, com o renascimento, cria-se uma nova perspectiva de preservação do patrimônio, através da sua preservação, contemplação e valorização. Da-se a descoberta da antiguidade, generalizando-se o seu culto e respeito, principalmente pelo fato desses transportarem em si mesmo a memória do passado, de poder, da ligação ao sagrado e ao transcendente. É nesse período que surge a questão de como restaurar esse patrimônio. É durante o século XV e XVI que se tomam algumas das medidas para a preservação cultural, muitas delas tomadas pelo papado, dedicadas especialmente a preservação das ruínas antigas e criando a figura (curador) para as antiguidades. No iluminismo o desenvolvimento científico preconizado nessa época, incrementou um maior relevo às obras de arte e ao conceito de autenticidade. Com a nacionalização dos bens após a Revolução Francesa e no século seguinte com a nacionalização dos bens da Igreja em Portugal e Espanha que se toma uma maior consciência dos bens e da necessidade da sua conservação. É neste contexto que surge uma corrente defendida por Viollet-le-Duc designado por "restauro estilístico", que procurava acima de tudo obter a unidade estilística do monumento segundo seu estilo. Deste modo refizeram-se alguns monumentos, sobretudo edifícios, que resultaram em completas falsificações e eliminaram-se os vestígios de outras épocas e das vicissitudes pelas quais os monumentos passaram. O debate sobre as teorias da conservação e restauro continuaram com as duas correntes a já referida e a do inglês John Ruskin que no seu livro" As Sete Lâmpadas da Arquitetura" defende acima de tudo a manutenção dos edifícios de modo que a necessidade de restauro seja evitada (conservação preventiva). No final do século XIX essa disputa encontra uma síntese crítica em Camilo Boito que indica os primeiros princípios que devem orientar a prática da conservação e restauro. As principais teorias desenvolvidas aprovadas à nível internacional pelas principais organizações (UNESCO, ICOM, ICOMOS e ICCROM) e o que suportam a Carta de Atenas.
Histórico do Restauro
Por Venizelos G. Gavrilakis

Profissão altamente especializada que requer habilidade técnica, conhecimento material e histórico. Um ponto crucial, geralmente desprezado é a importância do profissional experiente. Amadores pecam no diagnóstico correto, na análise, no tratamento responsável, resultando em um estrago irreversível, destruindo valores culturais e de mercado de peças de arte. Conservação e restauração profissional preserva a autenticidade e a integridade histórica como também aumenta o valor do artefato posicionando novamente no melhor preço possível no mercado de arte. O trabalho de um profissional garante que futuras gerações possam continuar a experienciar e estudar esses objetos, salvaguardando suas estórias para a posteridade.

O papel crítico dos conservadores e restauradores